Após decretar estado de calamidade financeira, a prefeita de Lauro de Freitas, Débora Régis, iniciou uma agenda de reuniões e entrevistas tentando transferir a culpa de todos os problemas do município para a gestão anterior. Em mais um episódio dessa estratégia, a prefeita se reuniu com a Embasa para cobrar a conclusão de obras de saneamento, mas o encontro foi mais uma encenação pública do que uma ação efetiva. Apesar do discurso de cobrança, a verdade é que a atual administração já completou meses no poder e até agora pouco fez para destravar obras ou apresentar soluções concretas.
A prefeita tenta se posicionar como uma gestora exigente e preocupada com o bem-estar da população, mas o que se vê na prática é um festival de discursos e promessas que não saem do papel. Quando questionada sobre o que a prefeitura fez para acelerar as obras paradas, Débora responde com frases vagas e uma constante tentativa de colocar a responsabilidade nas costas da Embasa ou da gestão anterior. A cidade, que sofre há anos com esgoto a céu aberto e falta de água em vários bairros, continua à deriva, sem cronograma realista nem ações concretas.
Além disso, a reunião promovida pela SEMMA serviu mais para autopromoção da prefeita do que para buscar soluções reais. Mesmo diante da gravidade da situação ambiental de Lauro de Freitas, a gestão municipal ainda não apresentou um plano de ação próprio ou uma política clara de saneamento. A Embasa, por sua vez, continua operando com promessas e projeções que se arrastam há décadas. O resultado? Uma reunião cheia de discursos ensaiados, fotos para redes sociais e, mais uma vez, nenhuma solução entregue à população.
O povo de Lauro de Freitas está cansado de encenações políticas. Enquanto a prefeita aposta em reuniões públicas e discursos bem editados, os moradores continuam sem saneamento, sem abastecimento regular de água e sem perspectiva de mudança. A gestão precisa parar de jogar para a plateia e começar a mostrar resultados concretos – ou corre o risco de ser lembrada não pela competência, mas pela teatralidade.
